Foto e biografia: academiadeletrastm.com.br
EVA REIS
( Minas Gerais – Brasil )
Eva de Sousa dos Reis Bakô nasceu no dia 11 de dezembro de 1922 sob o signo de Sagitário, em Uberaba.
Era filha de José Maria dos Reis e Artemira de Sousa Reis.
Na literatura, era a poetisa Eva Reis. Exerceu o magistério desde que se diplomou como professora no Colégio Nossa Senhora das Dores, em Uberaba.
Era formada pela Universidade Católica de Belo Horizonte e nomeada Assistente Social no quadro permanente do Ministério da Saúde.
Exerceu a sua profissão em Belo Horizonte, coordenando a programação de clubes de saúde (mães, pais e jovens, idosos) da Superintendência Geral da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.
Era membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, ocupando a Cadeira nº 7.
Faleceu em agosto de 2010.
Obras publicadas:
Fiandeira, 1968; Cantares: Trovas de Outono, em 1997
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SANTOS, Diva Ruas. Antologia da Poesia Mineira. Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992. 192 p. Capa e montagem Maxs Portes. Editora: Diva Ruas Santos - Apresentação: Alberto Barroca.
Ex. bibl. Antonio Miranda
MEU FILHO
Meu Deus, tira-me tudo que me agrada,
Todo o amor que a esta vida tenho tanto,
A paixão mais ardente e alcandorada,
E tudo que, no mundo, é o meu encant0.
Tira-me toda a glória desejada,
A graça do meu verso, o orgulho santo
De ser boa, de viver sempre enlevada
Co´a beleza do céu, da luz, do canto.
Tira-me o sonho que a alma me enternece,
Que das estrelas eu não veja o brilho;
Mas atende, Senhor, a minha prece.
Faze de mim, aquilo que quiseres,
Mas deixa-me nos braços o meu filho,
E eu serei a mais rica das mulheres.
FLOR DE LODO
Se eu não posso sonhar um só momento,
Sem tombar sucumbida sem plena estrada;
E se trago a ilusão encarcerada
Dentro do mais amargo sofrimento;
Se o mundo não enxerga o meu tormento,
No pavor desta noite angustiada,
Escuta, Virgem Mãe Imaculada,
Meu magoado e tristíssimo lamento!
Mãe que pisaste um dia a vil serpente,
Que na terra passaste refulgente,
Inatingida pelo barro imundo,,
Envolve-me com a luz da tua graça,
E faze que minh´alma flor sem jaça,
Viva pura no lodo deste mundo!#
ANTOLOGIA DEL SECCHI, 2005. Volume XV. Organização Roberto de Castro Del´Secchi. Rio de Janeiro: Del´Secchi, 2005. 328 p. 14 x 21 cm ISBN 85-8649-14-3 No. 10 231
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (Livreiro) Brito – Brasília.
MAIS QUE OS RUBINS
(Maria das Graças Corrêa Brandão+31-05-2004)
Ela procura lã e linho
e trabalha com mão alegre. (prov. 31.13)
Amiga Graça é riqueza,
é joia de valor sem fins,
recolheu em si a beleza
brilhando mais que os rubins.
GRAÇA foi mulher virtuosa,
o coração de seu marido.
Dos filhos, mãe dadivosa,
o santo amor preferido.
Na luta do dia-a-dia,
na Empresa ou no lar,
viveu com sabedoria,
soube o futuro plantar.
Fiandeira de sua vida
deixou lã e linho fiados,
do pão, a tarefa cumprida,
e viu os seus filhos formados.
Seguiu a família na herdade,
foi no plantio e colheita;
a mão estendeu com bondade
àqueles que rico enjeita.
Deus a chamou ao seu Amor,
na luta venceu a batalha,
ficou na saudade a dor,
que corta, fere e retalha...
Nossa amizade, elo forte,
jamais o tempo desfaz:
Graça vive em nova sorte,
e sonha feliz, em paz.
Tua vida nesta Terra,
foi lição de humanidade,
alma alada, em voos erra,
no infinito, à realidade!
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Página ampliada e republicada em dezembro de 2004
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Página publicada em agosto de 2022
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